Carta aberta do Barbas a Jorge Jesus!

O Barbas, um dos adeptos mais conhecidos do Benfica decidiu escrever uma carta ao ex-treinador do Benfica com quem, segundo ele, privou várias vezes. E escreveu o seguinte:

“Caro Jorge Jesus,

Escrevo-te esta carta aberta como amigo, com quem privei durante muitos anos e com quem vivi.jornadas inolvidáveis, que criam laços para a vida. Dei-te os parabéns e agradeci-te por vitórias fantásticas e históricas, mas soube estar do teu lado, nas derrotas, sempre defendendo o homem e o profissional, pois eras o meu (do Benfica) treinador.

Conheci-te bem antes de treinares o Benfica e sempre foste bem tratado no meu restaurante. Com a dignidade que mereces. Nas vitórias e nas derrotas. Mesmo aquelas que a vida amargamente nos impõe.

Quando tudo perdeste, de uma forma desastrada e, para muitos, posso mesmo dizer que para a maioria, na qualidade de principal réu, ao invés de te virar as costas, fui um teu defensor acérrimo, lembrando a muitos o teu profissionalismo e os muitos bons momentos que deste ao nosso clube.

Quando a discussão era quem seria o teu sucessor, defendi que o nosso Presidente devia renovar a aposta em ti, porque mais do que incompetência, o que te tinha feito perder foram essencialmente os caprichos do destino com a maldição do minuto 92.

Quando ajoelhado no dragão ninguém te queria dar a mão, este teu amigo defendeu-te perante todos, com a convicção de quem sabe estar perante um grande profissional e um excelente treinador, como efectivamente és.

Quando não renovaste pelo nosso clube, nunca te neguei a nossa amizade, ou te acolhi com um tratamento diferente, só porque já não eras um dos nossos.

Apesar do meu conhecido Benfiquismo, que ninguém ousará negar ou desconhecer, recomendei que fosses tratado nos meus restaurantes, como sempre o havíeis sido – como um Rei.

Quando iniciaste esta cruzada contra o nosso Benfica, de início ainda te tentei compreender, aceitando esse comportamento pela mágoa de algumas declarações e dos processos judiciais contra ti anunciados.

Mas, meu caro Jorge Jesus, se até te posso perdoar alguma ingratidão para com o meu clube, aceitando que o que querias mesmo era continuar entre nós, jamais posso aceitar que destrates assim o nosso treinador

Escrevo-te em nome da estima que tenho por ti, e que não a quero perder. Em nome do teu “Bom Nome” que deverás preservar. Da memória dos teus feitos no nosso clube, pois ao desrespeitares um colega, como o estás a fazer, estás a desrespeitar a tua profissão, um Homem e chefe de família, como tu e a todos os Benfiquistas.

Se continuares a trilhar esse caminho, depois não digas que não te avisei – mancharás o teu passado e não tens garantido que no futuro, aqueles que agora

queres agradar, não sejam os primeiros a te atirarem a primeira pedra. E a tua carreira merecia ser melhor recordada.

Porque, como bem sabes porque contigo foi o mesmo, quem falta o respeito a um benfiquista, está a faltar o respeito a todos os benfiquistas e ao Benfica.

Um adepto rival e amigo,

(O Barbas)”

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